As etapas de um projeto de Arquitetura: O anteprojeto

Hoje vamos falar de anteprojeto. O anteprojeto é a etapa do projeto onde será definida a maior parte dos detalhes do projeto. Nele é determinada as principais medidas, tais como tamanho do ambientes, tamanhos das aberturas (vãos de portas e janelas), pé-direito (distância entre piso e fundo de laje – teto), tipo de esquadrias, tipo de piso por ambiente, tipo de revestimentos de paredes, níveis brutos dos ambientes.

Além de todas as cotas, nesta etapa é produzida as fachadas do imóvel e também os cortes, pelo menos um transversal e outro vertical.

Cortes são fundamentais para a compreensão do projeto por parte da mão de obra que irá executa-lo. São desenhos que mostram alturas e detalhes em vista do que será a construção. Imagine que você está no meio da casa olhando para um lado, isso é o corte, mostrando onde tem viga, espessura de laje, onde tem escada e como é esta escada. Para melhor compreensão, abaixo segue o desenho de uma planta e o seu corte.

Às vezes o cliente quer somente a “plantinha” da casa, porque “o meu pedreiro é fera”. Mas aí, infelizmente temos profissionais que fazem isso, e no meio da obra começam as dúvidas, o faz e refaz, a altura do ambiente que não ficou “como eu havia imaginado” ou a “escada ficou com degraus muito altos”. Isso tudo compreende em erro de projeto, por omissão. O profissional, para não perder o serviço, abaixou o preço e diminuiu ao máximo o trabalho, reduzindo-o a planta de anteprojeto e algumas vezes nem o projeto legal. Pois é, nestas horas a gente acaba por perceber que o barato sai caro. E às vezes para sempre.

Não é a toa que insistimos aqui em dizer que o projeto é fundamental, pelo menos contrate até aqui, no anteprojeto, mas sempre que possível contrate o projeto completo. No próximo post, falaremos sobre o projeto executivo, e você entenderá o porquê de ser tão importante contratar o projeto completo. Até daqui quinze dias! Dúvidas? É só mandar sua pergunta pelos comentários.

As etapas de um projeto de Arquitetura: Projeto Legal.

O projeto legal é aquele enviado aos órgãos responsáveis pela liberação do alvará da edificação (Prefeitura, Condomínio, Órgãos Ambientais, Departamento de Trânsito, Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros). Após as adequações do estudo preliminar, inicia-se duas etapas: o projeto legal e o anteprojeto.

Cada órgão tem suas exigências, mesmo que a mudança de um para outro seja pouca. Há prefeituras que exigem somente o contorno em caso de edificações residenciais, outras exigem o projeto completo, com plantas de todos os pavimentos, dois cortes, fachadas voltadas para rua. Algumas exigem ainda levantamento planialtimétrico (planta com os níveis do terreno, principalmente em se tratando de terrenos desnivelados, que devem ser feitas por uma empresa de topografia), e até mesmo locação de caixas de gordura, esgoto e águas pluviais.

Além das plantas, pode ser necessário desenvolver memorial descritivo da obra, que é o projeto “escrito”: consta no memorial como será executada a edificação, desde a sua fundação (ou alicerce) até o seu acabamento. Em alguns casos, juntamente com este documento, é exigido memória de cálculo do imóvel, que é o histórico de áreas do projeto.

A memória de cálculo está ligada à parte da legislação referente aos índices urbanísticos. Estes índices são compostos de: taxa de ocupação (toda a área de projeto da edificação no solo), coeficiente de aproveitamento (área mínima e máxima de construção permitida), áreas computáveis e não computáveis (varia de local para local), recuos obrigatórios, taxa de permeabilidade (áreas que deverão ser mantidas sem piso e ajardinadas) e  gabarito da edificação (altura máxima permitida em relação ao nível da rua).

É importante lembrar também que o projeto legal precisa ser instruído com o pedido de alvará, cópia do documento que comprove a propriedade do imóvel, cópia da folha de dados do terreno do carnê do IPTU e cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Toda a documentação deve ser assinada pelo responsável técnico, pelo autor do projeto e pelos proprietários.

Após elaborar e juntar toda a documentação, é só levar ao(s) órgão(s) competente(s) e dar entrada no processo administrativo. Existem taxas que devem ser pagas, que são chamadas de taxa de licença. O prazo varia para cada órgão, dependendo também da complexidade de cada caso.

No próximo post, falaremos sobre o anteprojeto, aquele que é desenvolvido juntamente com o projeto legal. Até lá!

As etapas de um Projeto de Arquitetura: Estudo Preliminar

O estudo preliminar é a primeira etapa de um projeto após a contratação dos serviços. Trata-se de um estudo de massas para determinar a viabilidade do projeto. Neste momento é feita entrevista com todos os futuros usuários do edifício para determinar o anseio de cada um. É importante saber a rotina dos usuários para que o projeto seja funcional. Além da rotina, são pesquisados os gostos pessoais e referências de cada usuário. Após a entrevista, começamos a "colocar a mão na massa": levantar toda a legislação pertinente, dados do lote, informações de planos governamentais para área, análise do perfil do local (preferencialmente passado, presente e imaginar o futuro para os próximos anos).

Embora a maioria das pessoas acreditam que é uma tarefa simples e que o arquiteto local está careca de saber da legislação, não é bem assim. Em cidades que possuem Plano Diretor - uma legislação que que visa planejar o crescimento das cidades - o território é dividido em setores. Cada setor tem uma vocação dentro da cidade, dada pelos seus governantes, após consultas populares (que convenhamos, quase ninguém participa). Existem áreas que são consideradas preferencialmente comercial, industrial, residencial ou de proteção ambiental. Para cada área existirá legislação específica. Mas não é só isso: existem as legislações de meio ambiente, de acessibilidade, normas de concessionárias, proteção e combate à incêndio, tráfego.

Após fazer todo o levantamento em relação aos usuários e ao lote, tem início o desenvolvimento do partido arquitetônico, que é a tradução de todas as informações colhidas para uma proposta de projeto de arquitetura. Todas estas etapas gerarão as plantas dos pavimentos, a implantação do edifício no lote, cortes gerais (que servem para mostrar as alturas dos ambientes, a escada, o telhado, as alturas das janelas e portas) e as fachadas principais (desenho da "cara" da casa) com detalhes gerais de acabamentos, portas, janelas e telhado.

Ao final deste processo, todos os desenhos gerados são apresentados ao cliente, para que este analise se todos os seus interesses foram abrangidos, para tirar dúvidas em relação ao projeto e para fazer as alterações necessárias antes de prosseguir para próxima etapa. Nem sempre o projeto estará exatamente como o cliente esperava, por isso é importante uma reunião sem pressa para que o cliente possa explicar o que não entendeu/não gostou e para que o arquiteto, enquanto técnico habilitado, possa fundamentar o projeto e explicar o que a legislação permite ou não, e também expor seus pensamentos em relação àquele projeto.

É fundamental, portanto, que haja uma relação de confiança entre cliente e profissional, e que tudo o que for referente ao projeto seja tratado da forma mais explícita possível, inclusive quanto à verba disponível para executar o projeto, para que tudo possa ser muito bem planejado. E acredite, você não só pode, como deve dizer sempre aquilo que não acredita ter ficado como o esperado, só assim o arquiteto saberá e poderá lhe informar se é possível ou não modificar. Mas claro, sempre com respeito e cordialidade mútua.

No próximo post, vamos falar sobre a etapa do projeto legal, aquele que vai deixar seu imóvel com a documentação certinha! Até lá.

A importância do Projeto de Arquitetura

Recentemente recebi um contato, através de e-mail, de um potencial cliente que solicitava um orçamento de projeto para o seu terreno. Como em seu texto não constava o escopo do que ele queria no projeto, solicitei que ele nos enviasse para que pudéssemos fazer um orçamento de acordo com suas necessidades (eu já conhecia o entorno do terreno).

Quando recebi sua resposta, levei um susto: o que esta pessoa precisava não era de um projeto de arquitetura, e sim a assinatura do processo legal (aquele que você pede o alvará de construção e é exigido um profissional habilitado)!

Em meio a esta situação, resolvi falar sobre este problema que assola a qualidade da Arquitetura nas grandes cidades (não tenho conhecimento nas cidades menores, mas quem tiver, fica aqui o convite para falar sobre o assunto), através de uma série de posts falando sobre as etapas do projeto e suas importâncias.

Um projeto de Arquitetura é único, assim como cada ser humano é único, e forma uma família única, com agenda diária própria, com necessidades específicas. Imaginem só se a única cor comercializada no mundo fosse verde limão (nada contra, eu até gosto dependendo da aplicação). Todos os edíficios seriam verde limão!

Pois bem, partindo do princípio do indivíduo, o projeto deve ser feito de forma a adequar os seus anseios ao seu capital, e à legislação vigente. Neste ponto, chegamos nas etapas do projeto. Geralmente, consideramos quatro, embora futuramente veremos que existem sub-etapas e mais etapas.

Sim! É meio complicado! Sim! Projeto é trabalhoso! Mas nós arquitetos gostamos, e depois da série completa, será possível entender tudinho! E se não entender, estamos aqui para explicar melhor!

Até o próximo post.

Trânsito Interditado em Santo André

A Prefeitura de Santo André informou, através de comunicado, a interdição de Avenida próxima ao Sam´s Club. Segue o texto informativo

"Erosão à margem do Rio Tamanduateí

03/03/2011 - 14:07

Secretaria de Obras e Serviços Públicos

A Defesa Civil de Santo André informa que uma erosão nas margens do Rio Tamanduateí no trecho que contempla a rotatória da Avenida Antonio Cardoso, em frente ao Sam’s Club e Carrefour, exigiu a interdição total da ponte sentido bairro/centro e parcial no sentido centro/bairro.
Apesar dos reparos serem de responsabilidade do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), do Governo do Estado, a Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (SOSP) e do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), fará as reformas necessárias para que as pistas voltem a operar já na manhã desta sexta-feira (04). São aproximadamente 200 metros de intervenção municipal.
 
De acordo com o Departamento de Segurança e Trânsito (DST), o tráfego da Avenida Antonio Cardoso sentido bairro/centro é desviado para a rotatória da Avenida dos Estados com a Alameda Martins Fontes, no Bairro Santa Teresinha. Os veículos provenientes de Mauá pela Avenida dos Estados têm as opções de acesso ao centro de Santo André pelo Viaduto Cassaquera, pela ponte da Rua dos Alpes, exceto caminhões, e rotatória do bairro Santa Teresinha.

O DST mantém 35 agentes de trânsito no local monitorando o trânsito e indicando as rotas alternativas. Informamos ainda que a nossa Central de Monitoramento de Trânsito estará à disposição da população 24 horas por meio do telefone 0800.770.3194, para atendimento de quaisquer dúvidas."

Maiores informações: http://www.santoandre.sp.gov.br/

A escolha da Cama de Casal

Principal móvel de um dormitório, o conjunto cama+colchão deve ser escolhido com cuidado. O primeiro passo antes de ir até a loja e empolgar-se com os grandes tamanhos a disposição, é medir o espaço que você tem, e tentar imaginar onde ficará o responsável pelo seu descanso merecido após um longo e cansativo dia. Uma das regras de feng-shui diz que a cama nunca deverá ser colocada com sua cabeceira encostada em parede com coluna hidráulica, da época da vovó, vem que não devemos dormir com os pés virados para porta. Mas seja lá qual for a sua crença, acredite, você precisa saber onde a cama vai ficar e onde o guarda-roupas vai ficar. Tendo isto definido, meça a área que sobrará no entorno do lugar da cama. Estas medidas são de suma importância para que você possa gerar uma circulação confortável no seu dormintório, evitando assim joelhos e canelas roxas, dedinhos quebrados. As medidas disponíveis de cama box são: padrão = 1.28x1.88 ou 1.38x1.88, queen = 1.58x1.98 e king 1.93x2.03. Leve sempre em consideração que a circulação mínima ao redor da cama é de 60cm. Veja bem: esta é a medida mínima de conforto. Aconselho sempre que possível deixar 80 cm no mínimo. O criado-mudo também deve ser bem pensado para que a profundidade não atrapalhe na hora de deitar-se ou levantar-se, e aí indico no máximo 40 cm de profundidade, mas geralmente utilizo até 35cm, pois é possível colocar um livro, o celular, o controle remoto, uma luminária (claro que nem todos ao mesmo tempo). Após descobrir o seu espaço e o tamanho da cama que cabe no seu dormitório, aí é só escolher o colchão que se adeque ao seu perfil, sempre de olho no seu bem-estar e na sua saúde. Boa sorte!

Calçadas em Santo André deverão seguir a NBR 9050 - Acessibilidade

Desde 19 de agosto de 2010, a Prefeitura de Santo André começou a notificar os munícipes a adequarem as suas calçadas conforme as normas técnicas de acessibilidade.
"Os materiais permitidos para o passeio público são: concreto com acabamento semirrústico e ladrilho hidráulico. Os pisos não podem ser derrapantes, como ardósia e cerâmica, ou trepidantes, como miracema e mosaico português. A espessura da calçada deve ser de, no mínimo, 5 cm. A inclinação recomendada entre a divisa do lote e a guia alta é de 2%, e a declividade deve acompanhar a mesma das sarjetas. Degraus não são permitidos nas calçadas."
Em casos de munícipes que ainda não possuam Certificado de Conclusão, o popular habite-se, para conseguí-lo será necessário adequar o passeio público. Com o tempo todos serão notificados. Portanto, se o seu imóvel estiver em obras ou pronto para iniciá-las, fique atento (a), e leve em consideração as orientações gerais para não ter problemas e gastos desnecessários.
Em caso de dúvidas, acesse http://www.santoandre.sp.gov.br/.

Até mais.